sexta-feira, 1 de maio de 2020

Estudo do Meio na Escola N Sra do Carmo - Bananeiras - PB - 27   de Setembro de 2018


O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID realizou uma experiência nova na Escola Nossa Senhora do Carmo. Esta experiência remonta sobre uma nova forma de ver a escola a partir do ensino transformador da Escola da Ponte. Chegamos ao local às 9h30min no município de Bananeiras. Em princípio fomos bem recebidos e já de início nos deparamos com algo novo. O pátio cheio de crianças e adolescentes se organizando para hora do relaxamento. À hora do relaxamento é um momento na qual todos os alunos escutam músicas instrumentais para retornarem as atividades. Os professores/tutores ficavam perto de seus alunos e levantam o dedo em sinal de silêncio e obedecido no mesmo instante pelos alunos. Os espaços ocupados pelos estudantes são amplos, onde é possível perceber a interação entre os alunos. A escola é pautada em um ensino inovador e transformador. As aulas dos estudantes ocorrem em grupos e o roteiro das aulas é elaborado por eles mesmo, além de realizarem aula de campo e pesquisas. As salas comportam no máximo 20 alunos e em cada porta da sala tem um nome diferente sobre alguém importante na história. A avaliação dos alunos é feita de 15 em 15 dias. Na escola, os alunos confeccionam um  portfólio onde mencionam suas metas e avaliações. Nesta escola apenas dois alunos foram expulsos e atualmente a escola comporta 183 alunos. Para ser concluinte, é preciso ter 90% dos conteúdos estudados. O nível de escolaridade é do Fundamental I e II. O uso do livro didático pelos alunos é apenas para pesquisa. A escola é filantrópica, ou seja, vivi de doações e os funcionários recebem a mesma quantidade de salário. Depois de termos conhecido a escola nós almoçamos. O prato era: estrogonofe, arroz, feijão com cuscuz, salada de alface e tomate, abacaxi e suco de goiaba. No entanto o aviso de NÃO DESPERDICE deixava claro a mentalidade de colocar no prato o suficiente. Desde a cozinha e os outros departamentos tudo funciona perfeitamente.

Estudo do meio na Escola Nossa Senhora do Carmo - Bananeiras - PB

Esse estudo teve como base conhecer um pouco mais sobre esta instituição. Formas diferenciadas e fora dos “padrões tradicionalistas” de ensino, o modo como às crianças agem e se comportam e os métodos de ensino e aprendizagem, como também a importância e autonomia que as crianças têm dentro da instituição.
Um dos padrões na qual ela não segue é sua forma estrutural, segundo (PACHECO, José.2004, p.62), “A Escola da Ponte é uma escola de área aberta construída por vontade dos professores, onde não foram erguidos muros nos lugares em que os arquitetos derrubaram as paredes”.
Desse modo todo o edifício desse método de ensino é arquitetado sem barreiras, como dito um lugar aberto. Porém a instituição de Nossa Senhora do Carmo ainda não está totalmente nesses padrões devido a investimentos e condições financeiras.
A instituição não está totalmente adequada aos métodos de ensino, possuindo ainda paredes e divisões, as estruturas ainda são de formas tradicionais, com divisórias de salas isso devido que o prédio não é patrimônio próprio, é das irmãs Carmelos, o espaço é apenas cedido. Os administradores possui um Sonho de ampliar, na qual já foi feito um planejamento com os funcionários, pais, mães, alunos e desenharam a instituição na forma pedagógica da escola, com todos os desejos internos e externos da mesma.
Como dita PACHECO, José. 2004 p.62, “Nesta escola não há salas de aulas e não há aulas”. A escola ela não é dividida por series e sim por núcleos. Não possui professores e sim tutores. Cada tutor trabalha em média 17 alunos. Tem alunos da Nucleação 1- alunos infantis; Nucleação 2- é no que tradicionalmente atende o primeiro e segundo ano; Nucleação 3- são no que tradicionalmente atende ao terceiro e quarto ano juntos; Nucleação 4- do quinto ao nono juntos.
Não há divisão entre os alunos, eles possuem tutores que auxiliam e orienta-os, logo após eles vão estudar e pesquisar sem tutor. Ocorre nesse modo à autonomia dos mesmos, não necessita de um professor em uma sala para que eles estudem, eles buscam os conhecimentos por vontade e instigação própria.
Observamos a autonomia das crianças de diversos modos na escola, primeiramente a como citado elas participam das tomadas de decisões, como os desejos de como será a escola. Podemos citar o modo como se resolve os conflitos internos.
Em vista de problemas com celulares na escola, onde estava ocorrendo o uso indevido, então foi feita uma assembleia com todos os alunos onde todos combinaram de não usarem celulares. A escola disponibiliza internet, equipamentos que estão acessíveis para todos os alunos quando precisar realizar pesquisas.
Outro ponto interessante é a forma de realizar seus estudos, todos os alunos possuem um portfólio. Este portfolio contém assuntos e temas a serem pesquisados e estudados. Antes de montarem um eles tem uma lista de interesses na qual juntamente com o seu tutor decidirá os temas e as curiosidades a serem trabalhadas quinzenalmente.
Os tutores levam os conteúdos com base nos temas para cada aluno. No final da quinzena tem a parte da avaliação do aluno sobre a aprendizagem adquirida, a avaliação do professor e também a avaliação dos pais nas perspectivas dos alunos. No final do período tem a tutoria, onde o professor registra o roteiro e todo um parecer sobre o que trabalhado.
Há na escola um quadro de autoajuda, onde os alunos escrevem qual assunto precisa de ajuda, e os especialistas marcam a data e o horário que pode se reunir. Possui especialista em todas as áreas, Matemática, Português, Geografia e as demais.




QUADRO DE AUTOAJUDA

A escola tem como prioridade de atender os alunos do campo, quem é baixa renda e está em questão de vulnerabilidade. Se essas vagas forem atingidas abre-se oportunidades para as demais crianças da zona urbana.
Todos os membros que trabalham são voluntários, porém todos os recursos adquiridos são divididos igualmente entre os membros da escola.
As despesas das escolas são divididas entre os pais dos alunos: água, luz, internet, gás. Se junta todas as despesas e divide entre as famílias. Atualmente a escola acolhe crianças de aproximadamente 209 famílias. As crianças também trazem a partilha do mês na merenda, onde um traz um pacote de bolacha, de biscoito, macarrão. Nesse processo de partilha a prefeitura ajuda em uma parte mínima.
A instituição possui também convênios com empresas como A Doce Mel, que exporta fruta. A diretora que mora em João Pessoa vai até Mamanguape, pega as frutas e trás para a escola.
A escola quebra padrões, ela busca o que os alunos de muitas escolas não têm como prioridade, que é o pensar da autonomia. Nessa escola é trabalhada a autonomia de pesquisar, buscar conhecimento. Nessa pratica pedagógica os alunos escolhem o que desejam estudar juntamente com seus tutores, eles se reúnem em grupos para pesquisar, sempre ocorrendo essa interação dos membros.
Em meio às observações é notória a independência das crianças para estudar, sem precisar ninguém mandar, simplesmente pegam seus instrumentos de pesquisa e se dirigem a um ambiente que lhe proporcione maior conforto.

                        Fonte: Acervo do PIBID, 2018.



          Saímos de Cajazeiras - PB 1h30min da madrugada e chegamos ao local às 9h30min no município de Bananeiras. De princípio fomos bem recebidos e já de início nos deparamos com algo novo. Ao entramos na escola nos deparamos com o pátio cheio de crianças e adolescentes se organizando para hora do relaxamento.
À hora do relaxamento é um momento no qual todos os alunos escutam músicas instrumentais para depois retornarem as atividades. Os professores/tutores ficavam perto de seus alunos e levantava o dedo em sinal de silêncio, assim todos os alunos obedecem a esse sinal. Logo em seguida alguns alunos da escola juntamente com os discentes do CFP/UFCG foram divididos em grupos com oito pessoas para mostrar as salas de aula, também falaram um pouco de cada ambiente, mostraram alguns projetos que estavam expostos. 
Os espaços ocupados pelos estudantes são amplos, onde é possível perceber a interação entre os alunos. A escola é pautada em um ensino inovador e transformador, sendo que essa escola é separada por núcleos e não por séries, visão diferente da escola tradicional. Para a seleção das inscrições, é necessário ser da comunidade e também depende da renda familiar.
As aulas acontecem em grupos e os roteiros das aulas são elaborados pelos próprios alunos, sendo que são feitos de acordo com os projetos, por exemplo, projeto de fome, energia sola entre outros e esses alunos tem o direito de escolher seu projeto, além de realizarem aulas de campo e pesquisas. As salas comportam no máximo 20 alunos, assim cada tutor fica com 17 alunos e em cada porta da sala tem um nome diferente sobre alguém importante na história. A avaliação dos alunos é feita com conceitos e de 15 em 15 dias.
Na escola, os alunos confeccionam um portfólio onde mencionam suas metas e avaliações. Nesta escola apenas dois alunos foram expulsos e atualmente a escola comporta 183 alunos. Para ser concluinte, é preciso ter 90% dos conteúdos estudados. O nível de escolaridade é do Fundamental I e II. O livro didático é utilizado somente para pesquisas. Os alunos tem autonomia para buscar o conhecimento e não ficam apenas esperando pelos conteúdos e tutores. A escola é filantrópica, ou seja, vive de doações e os funcionários recebem a mesma quantidade de salário.
Depois de termos conhecido a escola, foi possível desfrutar de um belo almoço feito pelas funcionárias da escola, uma vez que o prato era: estrogonofe, arroz, feijão com cuscuz, salada de alface e tomate, abacaxi e suco de goiaba.

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Logo após o almoço, foi possível presenciar o Ensino Infantil, uma vez que sentamos em circulo com as crianças e as duas professoras da escola, dai então, cada um presente na sala fez seus agradecimentos a Deus. Dessa maneira, em seguida as professoras juntamente com as crianças começaram a cantar algumas músicas com coreografias, assim ensinando a nós, discentes do CFP/UFCG. Depois das brincadeiras, nos despedimos dando abraços e beijos nas crianças, agradecemos a todos da escola e voltamos para Cajazeiras – PB.
    Fonte: Acervo do PIBID, 2018.




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