Referências
Bibliográficas: WERNECK, Hamilton. Se a boa escola é a que reprova, o
bom hospital é o que mata. Rio de Janeiro; DP&A, 1999.
Gênero
da Obra: A referida obra é composta de dezesseis capítulos, com
uma característica multidisciplinar, o que fica provado que sem a auto-estima,
há uma certa dificuldade de se assimilar conceitos, ainda mais conceitos novos
que o sistema educacional nos propõe.
O
quê é e como avaliar? Bem, esta é uma das ações humanas que mais acontecem,
principalmente no âmbito escolar, e sempre somos avaliados independentemente de
onde estejamos. Werneck traz então uma discussão que é muito significativa, ao
mesmo tempo que chega a ser uma provocação para todo educador. No decorrer
desses dezesseis capítulos este conceito, tanto qualitativo quanto a seus
desdobramentos são apresentados na ordem a serem expostos nesta resenha.
Capítulo 1: A falácia a Curva de Gauss
O
primeiro capítulo, intitulado como A falácia da Curva de Gauss, Hamilton
Werneck
afirma que a curva de Gauss era
muito usada na estatística e
era utilizada pelos pedagogos para avaliar
seus alunos, a maior parte dos alunos estava na região
normal, acima do primeiro desvio positivo estavam aqueles
que eram os mais inteligentes, ou melhor dizendo, os bem dotados e abaixo do primeiro desvio negativo
estavam aqueles
mais trabalhosos e que ficavam reprovados,
a curva então
é um engano porque admite critérios iguais de
tempo, sendo que os alunos aprendem em tempos diferentes e precisam ser
avaliados em tempos diferentes também.
Capítulo 2: Amassando a curva
Em seu segundo capítulo
intitulado Amassando a curva, o autor fala sobre a importância de
estabelecermos mais tempo para aqueles alunos que demoram mais a assimilar e ainda
afirma que teremos resultados um pouco digamos que curiosos e positivos, o
tempo fica a cargo do professor e o que na verdade importa é ter um sistema que
consiga ensinar e verificar o aprendizado do maior número possível de
estudantes, isso quer dizer que é necessário mudar esse padrão e enxergar as
diferenças entre as pessoas, ou seja, trata-se de amassar a curva.
Capitulo 3: O currículo
mata
Neste capítulo o autor propõe uma
reformulação do currículo escolar, onde o mesmo deve ser adequado aos tempos,
ou seja, trazer disciplinas que seus conteúdos tenham uma aplicação pratica na
vida. Segundo o autor é preciso prepara os alunos para a vida na sociedade e no
trabalho, então o currículo atrasado e defasado da realidade desanima os alunos
e não os motiva a estudar. O currículo ideal deve ter acima de tudo atualidade
e utilidade, é necessário trazer conteúdos que irão servir para a vida uma vez
que, a ciência muda constantemente por isso é necessário atualizar-se fazendo
com que tudo que seja ensinado tenha sentido prático.
Capítulo 4: A quantidade satura
Conforme o autor, temos uma capacidade máxima para a
absorção de palavras em um determinado intervalo de tempo, onde, se
extrapolarmos esta quantidade de palavras os alunos não conseguirão compreender
o que o texto quer mostrar, devido a carga de textos das mais variadas
disciplinas exceder este limite. Teremos como resultado um completo desanimo e
desleixo perante esta carga de leitura.
Como consequência do que deveria ser
um processo de renovação, se transforma em um momento de “tortura das
inteligências”, juntamente com um currículo que obriga o aluno a aprender o que
gosta e o que não gosta o que venha a ser necessário para a sua vida e também o
que é totalmente desnecessário para ele. A intervenção do elitismo na educação
promovia uma verdadeira seleção na massa da população, onde este, determinava
um progresso de uma pessoa pelo nível de seu diploma.
O autor ainda faz um
apequena analogia do sistema educacional com uma indústria, onde esta, para
continuar produzindo necessita de altos custos devido aos seus equipamentos
atrasados, da mesma forma seria a escola ensinando com métodos e metodologias
atrasadas. No decorrer do texto o autor faz alguns questionamentos, como por
exemplo: “se a quantidade satura, quem poderia ajudar nesse processo de
enxugamento [...]? O professor? ” Este por sua vez já se encontra em um alto
nível de saturação, devido as exigências impostas a ele. Os administradores da
educação não podem esquecer de preparar as pessoas para manusear os
equipamentos modernos que chegarão a escola, que por sua vez, se não forem bem
utilizados não terão serventia alguma.
Capitulo 5: Afinal o que é
qualidade
O capitulo traz em sua trajetória
esta discussão de que devemos fazer com
que o nosso trabalho como educador seja articulada com eficiência alcançando os
objetivos com êxito em que a qualidade seja mais importante que a quantidade,
como um local que cada vez o “capital” está presente a escola passa a ser uma empresa que seu
principal objetivos e formar uma grande quantidade de cidadãos que disputam uma
carreira no mercado de trabalho, cada vez mais exige conteúdos sejam apresentados de forma
intensa, para que os objetivos que o
mercado propõem sejam alcançados e o profissionais envolvidos trabalhem com eficácia, mas por
outro lado temos um problema pois não estamos formando “robôs” e sim seres
humanos que devem ter uma formação cidadã, em que não podemos apenas apresentar
um acervo de conteúdo sem saber que está realmente acompanhando o conteúdo, a qualidade
traduz o que pode ser feito com cuidado, planejamento, atenção que são
ferramentas primordiais de uma atividade bem realizada, mesmo com muitos
recursos temos que se apoiar no esforço e na compreensão do profissional em que
o aprendizagem não depende
exclusivamente de conteúdo, mas também de tempo e dedicação de quem está
envolvido neste processo.
Portanto a reflexão que este
capitulo traz e muito importante na reflexões dos profissionais, aqueles
envolvidos no processo de aprendizagem e também de outras áreas de atuação, não
podemos deixar que sejamos ultrapassados, mas também não devemos deixar que as
técnicas ou a competição que está presente na sociedade atual possa afetar o
bom desempenho intelectual e pessoal dos estudantes, em que a educação deve ser
um fonte de conhecimento e uma fonte de formação de cidadãos conscientes que
possam atuar de forma quantitativa e qualitativa no mercado de trabalho.
Capítulo 6: A
utilidade anima.
Neste capítulo o autor
afirma que as aulas nas quais são abordados assuntos considerados úteis pelos
os alunos, despertam o interesse e prazer em estudar. E que é necessário,
portanto, quebrar a tradicionalidade acentuada no ambiente escolar, a qual tem
se tornado ultrapassada. Propõe assim, uma transformação educacional que retire
das disciplinas escolares todo o acervo de conteúdo ultrapassados, sem
utilidade. Para inserir temáticas atualizadas, objetivando melhorar tanto a
qualidade, quanto a utilidade do ensino.
Segundo Hamilton, é
necessário que os educadores percebem que chegamos no limite da resistência a
mudança. Os discentes vivenciando o meio virtual atual, não suportam mais as
aulas tradicionais, e tendem a serem cada vez mais desobedientes ao tradicionalismo.
Por isto se torna tão importante essa transformação educacional de trocar o
inútil pelo útil, motivando os discentes e trazendo a felicidade em aprender.
Capitulo
7: A atualização motiva
Nesse capitulo, o autor enfatiza
a importância de os professores atualizarem os conteúdos trabalhados em sala de
aula, para que o processo de ensino e aprendizagem dos discentes sejam
significativos e consequentemente tenham utilidade.
Considera também, que esses
conteúdos quando contextualizados com a realidade dos alunos/as motiva o
interesse pelos estudos. Os discentes percebendo a utilidade do conteúdo
agregara valores e importância ao ensino.
Fala também da acomodação do
sistema educacional, que o modelo de ensino esta pautado no tradicionalismo, e
que o professor tem que buscar alternativas e inovar nas suas aulas para que os
discentes se sintam motivados a apreender.
Mostra, que os docentes
cristalizados em um currículo antigo são considerados “professauros” e não
professores, ou seja, o sistema educacional deve buscar se atualizar em suas
didáticas teóricas e metodológicas.
Faz, uma retrospectiva das
mudanças que ocorrem na sociedade, dessa forma, enfatiza a quantidade de
informações que são produzidas cotidianamente. Para o autor, a atualização
destas fazem com que os alunos/as despertem o interesse por temáticas “novas”.
Sendo assim, o professor deve ficar atento e adaptados a exigência dos
discentes.
Propõe, que o professor precisa
saber que os alunos aceitam facilmente o processo de atualização, e devido o mundo
estar em mutação conservar não é uma boa solução. Nesse sentido, não podemos
limitar o que foi produzido, mas, acompanhar o progresso, trabalhando os
conteúdos a partir do construtivismo e consequentemente refletir sobre os
saberes produzidos.
Capitulo
8: A reprovação compromete a instituição
Nesse capitulo, o autor considera
que o processo de reprovação está ligado a um contexto amplo, não se trata de
um fato isolado, não existe um único culpado, todos são responsáveis escolas,
alunos, a família e todo o sistema.
Faz, uma retrospectiva de um
modelo educacional que está presente na sociedade até os dias atuais. Apresenta
entraves desde o início do processo de escolarização, como por exemplo: o
sistema educacional que segregava os alunos que tinha acesso ao ensino.
Mostra também que os agentes da
educação, mesmo portando títulos de administradores escolares buscavam seus
próprios interesses, como melhores salários em instituições de ensino
particulares e a opinião pública nas instituições da rede pública.
Fala também que o sistema social
e político antes do neoliberalismo era excludente, e a escola era excludente,
para ter acesso aos patamares superiores do ensino dependia de diplomas, e os
poucos sobreviventes do sistema eram premiados devido a competição.
Enfatiza, que a escola quando
estava voltada para a nobreza, era responsável de saber mais que as outras.
Quando disseminou a educação e a escola pública, os agentes da educação
encarregaram-se de manter tais currículos e programas distantes do povo.
Considera, que a escola existia
mais para impedir que, propriamente, promover. Com essas mudanças a grande luta
das classes dominantes era buscar as escolas que tinha rigidez programática, e
consequente aprovação nas universidades.
Nessa perspectiva, para essas
classes sociais uma escola não importa pelo tipo de cidadão que é capaz de
formar, mas, pela capacidade de promover um estudante mesmo em uma
competitividade selvagem.
Considera que a reprovação foi algo
construído, e é um mecanismo que serve a alguma coisa. O intuito da reprovação
reproduz alguma coisa e a manutenção dela pode, perfeitamente, ser a causa da
permanência de grandes injustiças.
Capítulo 09: Os pontos fortes dos alunos
No
capítulo nove o autor nos traz uma importante reflexão acerca das nossas
práticas de avaliação dos alunos. É comum nas provas corrigidas os erros terem
maior destaque que os acertos. Ora se o papel do professor segundo Santo
Agostinho citado por Drucker no livro Sociedade pós- capitalista, é buscar os
pontos fortes dos alunos, por que então dando uma ênfase maior aos erros
cometidos por eles.
Se olhamos só os pontos negativos, só os erros
como podemos acreditar em uma salvação da educação? Como podemos criar
expectativas, esperanças?
Para
isso Werneck afirma que devemos corrigir sim os erros, porém os acertos que
devem ganhar ênfase e serem chamado a atenção, para que assim fique bem fixado
na mente do estudante.
Em
seguida ele destaca que existe dois tipos de correções a mais inteligente e a
menos inteligente. A menos inteligente é aquele que todos nós já conhecemos,
onde o professor assinala o erro, grifa, rabisca e/ou ainda com canetas de
cores diferentes e fortes para chamar atenção. A maneira inteligente supõe que
o professor ao corrigir as provas tenha uma folha de papel ao lado e vá
escrevendo nela as palavras erradas que apareçam. Mais tarde elabora um texto
com essas palavras escritas de forma corretamente e trabalha com ele na sala
com os alunos. Com isso “de tanto os alunos olharem para o que é certo, a
correção será feita naturalmente” (Werneck, 1942). Sem precisar copiar varia
vezes, sem raiva, sem sofrimento, trabalhando o lado positivo favorecendo o
aprendizado, insistindo nos pontos fortes.
Capítulo 10: A escola do futuro
Neste capítulo o autor
faz algumas suposições a cerca da escola do futuro, para ele esta escola,
invadida pelas máquinas e voltada para a tecnologia avançada, tenderá a
valorizar os professores mais como educadores, estes tendo como principal
função serem formadores de opinião e formadores de cidadãos, no sentido de
resgatar a humanização nos alunos. De acordo com o mesmo autor, com a chegada
da Escola do Futuro o processo de aprendizagem seria mais fácil, pois os alunos
poderiam ter mais possibilidades e oportunidades de rever as matérias e também
de entrar em contanto com os professores para tirarem suas dúvidas. Nos
parágrafos finais do capítulo, o autor demostra algumas incertezas a respeito desta
escola, mostrando preocupação em relação ao processo de aprendizagem dos
alunos, e intui que as inteligências múltiplas invadirão os currículos e programas.
Capítulo 11: Mudando os paradigmas
Segundo Werneck (1942)
“Paradigma corresponde a um conjunto de conceitos formados durante nossa vida.
Ante uma questão, respondemos conforme nossa Cultura, nossos princípios ou
paradigmas.” São os conceitos pré-determinados que nos façam elaborar as formas
de agir em vários momentos de nossas vidas, e com a educação não é diferente,
muitas vezes vários aspectos ligados as vivências no ambiente escolar nos
transmitem respostas prontas e os por quês para determinadas assuntos. Porém o
que autor propõe no capítulo é a reavaliação de tais paradigmas, proporcionando
novas formas de se fazer a escola, com novos olhares, promover ao invés de
reprimir, buscando os aspectos positivos dos alunos, e não só promover por que
o sistema impõe, mas pela capacidade do aluno, que vai além do que um paradigma
estabelece. O problema é que a tendência das escolas normalmente é valorizar os
erros de seus alunos e não considerar os pontos positivos que eles têm.
Os paradigmas também
impõem os conteúdos a serem estudados, muitas vezes os alunos não sabem o
porquê de estarem estudando determinado assunto, nem mesmo o professor ou
professora é capaz de conseguir dizer para que serve tal assunto para a vida do
seu aluno, então por que estudar isso? A melhor forma de ir contra certos
paradigmas é trazer conteúdos que tem relação com a vida dos educandos é uma
proposta significativa que contribui para que não ocorram tantas desistências
ou reprovações. O aluno ou aluna prefere estudar aquilo que tem significado
para as suas vidas.
Capítulo 12: Sombreamento
Neste
capítulo o autor explica sobre o sombreamento que atinge algumas escolas, esta
sombra existe devido o pessimismo a tristeza a falta de motivação que os
professores e os demais gestores apresentam ao chegar na escola. Os mesmos não
têm metas, alegria entusiasmo para deixar o ambiente escolar mais atrativo para
os alunos e as pessoas que frequentam aquele local, por isso a escola vive
apenas na sombra.
Vale
ressaltar que o autor aborda algumas frases que são citadas diariamente nas
escolas sombreadas “A educação não tem mais jeito, Os alunos são
indisciplinados. Não temos mais armas para enfrenta-los. Na escola há muito
trabalho e pouca recompensa, estas frases fazem parte do vocabulário dos
professores, que vivem com esse pessimismo em relação a escola, talvez falte
iniciativas dos próprios para que estas frases sejam desconstruídas e saibam
motivar e alegrar iluminar este espaço.
Algumas
instituições podem mergulhar de acordo com o autor, sobre um nível de
nebulosidade devido a fatores motivacionais, de gestão mergulhados por
desconfiança, ou intrigas entre os colegas, egos em busca de reconhecimento e
poder que se deixou de aprender e de criar ou ser criativo diante das crises.
Isso acarreta na falta de ideias, desmotivação e de perspectiva de crescimento
educacional e social.
E
ai o autor continuando ele coloca alguns elementos que dependendo da identidade
destes critérios com escola que irão identificar o grau de sombreamento em que
a escola se encontra. Não basta ser humano, é preciso reverter estas
características de pessimismo e buscar alternativas e reversão das crises do
sombreamento.
Capítulo 13: Abatimento
Neste
capítulo o autor falará que abatimento que é o resultado de uma combinação de
fatores entre eles físicos e psíquicos. O autor alerta ainda neste capítulo
sobre as consequências de levarmos maus sentimentos para dentro da sala de que
acabará contaminando os alunos. Sentimentos de menosprezo da instituição.
O
professor é uma peça chave na escola pois ele é formador de opinião, esta
opinião é formada através de suas atitudes, suas camisetas, suas falas, seu
silencio que podem ser usadas contra ele e contra a própria escola.
Esses
tipos de comportamentos acabam desenvolvendo uma projeção em cadeia onde os
sujeitos (direção, professores, alunos) nelas envolvidos se acusam resultando
em um esvaziamento das salas de aula.
Capitulo 14 –
Prostração
A
discussão a cerca deste capitulo parte da perspectiva de incentivo que o
professor necessita para cumprir as atividades propostas em uma semana cheia de
atividades, onde nutre-se dos alunos, da vivência posta pelos outros
profissionais, em relações de convívio profissional e educacional, o que deixa
para ele um papel importante, onde ele serve de espelho para muitos alunos, que
buscam no professor uma proteção, entre tudo que enfrenta, deve o professor está
preparado para o imprevisível, o que nos torna uma missão complicada, posto as
diversas realidades enfrentadas na realidade das escolas, o que muitas das
vezes causa no profissional da educação uma prostração, nos tornando profissionais
presos a fadiga, ou seja, profissionais cansados da profissão, passando a
interferir no convívio/relacionamento com o corpo escolar, o que traz para a
escola o papel de afastar esse profissional do seu cargo, visto o mal que ele
pode trazer para toda essa relação aluno/professor, tornando assim um espaço
sombreado.
Capitulo 15– Ânimo
e Persistência
No
capítulo que se sucede, o autor irá colocar em pauta a questão da prostração,
que nada mais é que um resultado do próprio abatimento e sombreamento dos
capítulos anteriores. Para Werneck, um educador jamais poderá exercer sua
profissão se estiver mergulhado num desânimo e tristeza profunda, deixando
completamente a esperança e a alegria longe de sua vista. O pior é que tudo
isso contaminará os alunos, por intermédio dos professores, que passarão a ter
também um olhar negativo em relação à escola. Os educadores nos dias de hoje
simplesmente esperam o fim do expediente e vão para casa com um pessimismo
enraizado em suas mentes, deixando de lado qualquer sinal de mudança e dias
melhores. Tal pessimismo impossibilita o mesmo de repor suas energias e
qualquer nova esperança para o dia posterior, fazendo com que seu papel
enquanto formador de opinião e transformador social caia ladeira abaixo. Assim
como as demais profissões que alcançam êxito quando se tem um público fervoroso
e animado, o educador também necessita nutrir-se com seu público-alvo, os
alunos. Se os alunos transferem boas energias, ânimo e vontade de aprender a
cada dia, o professor terá mil motivos para seguir sua caminhada emancipadora,
caso contrário, perderá completamente sua identidade de agente social, de
formador de cidadãos críticos e reflexivos.
Capitulo 16 – Educação
gerada na esperança
O próximo capítulo, ânimo e persistência, o autor irá
abordar uma questão crucial para o desenvolvimento e melhoria da qualidade de
ensino por parte de todos os sujeitos que compõem o ambiente escolar. Trata-se
de uma questão de princípios, que deve prevalecer sobre cada um de nós enquanto
futuros docentes. É necessário, antes de qualquer coisa, ter vontade e ânimo
naquilo que se faz, ter uma filosofia própria de vida e estar disposto a
encarar os obstáculos e desafios na qual passam todas as profissões.
Algo que me chamou atenção no autor é que
ele sempre motiva, norteia e aponta passo a passo as metas a serem atingidas,
além de abordar uma questão ética e filosófica convincente. Todo e qualquer educador precisa estar munido
de princípios e valores para que logrem êxito na sua profissão.
No mesmo capítulo é colocado em quesito um
grande problema que a maioria das escolas enfrenta atualmente, que apesar de
definir seus regulamentos democráticos e referenciais filosóficos coerentes e
atraentes para a sociedade como um todo, acaba contratando professores avulsos,
não munidos de princípios e /ou filosofia condizente com o que foi proposto
pela escola, o que resultará em sérios conflitos e falhas no propósito
ideológico da mesma. Isso se explica pelo atual cenário econômico que assola o
país atualmente, em que muitas vão à busca de qualquer que seja o emprego,
aceitando qualquer proposta, mas sem o ânimo e perspectiva necessária.