sexta-feira, 1 de maio de 2020

Período de 16 a 31/01/2019 -
Escolas e  Universidade em período de férias. Atividades sendo realizadas através de leituras orientadas e fichamentos.


Roteiro de atividades PIBID GEOGRAFIA CFP UFCG


Leitura de textos e fichamentos para discussão e inserção no Portfólio:

3-      O DESENVOLVIMENTO DOS CONCEITOS CIENTÍFICOS NA INFÂNCIA - LEITURA E FAZER RESENHA DE CADA CAPÍTULO – PERÍODO – JANEIRO – enviar por e-mail e colocar impresso no Portfólio
            
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4-      Ler texto:
       
     QUESTÕES REGIONAIS E ORGANIZAÇÃO REGIONAL DO BRASIL - LEITURA E FAZER RESENHA DE CADA CAPÍTULO – PERÍODO – JANEIRO– enviar por e-mail e colocar impresso no Portfólio

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 Orientações:

5-      ENTRAR EM CONTATO COM OS SUPERVISORES PARA SABER SOBRE INÍCIO DAS ATIVIDADES NA ESCOLA E MARCAR UMA PRESENÇA NA PRIMEIRA QUINZENA DE FEVEREIRO.
Para FEVEREIRO:
1-      PRIMEIRA QUINZENA: UMA VISITA NA ESCOLA SE HOUVER INICIADO AS AULAS: PARTICIPAR DO PLANEJAMENTO DA ESCOLA.
2-      SEGUNDA QUINZENA: UMA VISITA NA ESCOLA PARA REALIZAR AÇÃO
3-      LEITURAS ORIENTADAS: AGUARDAR A COORDENADORA.


3º TEXTO - Dissertação: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO CIENTÍFICO ESPAÇO: o uso do estudo do meio na construção do conhecimento geográfico, Autora: Luana Isis Do Nascimento

O presente texto aborda um resumo da Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco como requisito à obtenção de título de Mestre em Geografia, pela aluna Luana Isis Do Nascimento, orientado pelo Prof. Dr. Bertrand Roger Guillaume Cozic, intitulado: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO CIENTÍFICO ESPAÇO: o uso do estudo do meio na construção do conhecimento geográfico.
O estudo do meio é uma das principais ferramentas para as práticas pedagógicas no ensino de geografia, onde proporciona aos alunos uma aproximação dos conteúdos vistos em sala de aula e do concreto ao sair do âmbito escolar, sendo assim a ligação da teoria e prática.  A construção socioconstrutiva permite que os alunos construa seu conhecimento onde por meio dos seus conhecimentos espontâneos e científicos os estudantes formulem seus conceitos.
A pesquisa a ser exposta foi realizada com os estudantes do primeiro ano do Ensino Médio, do Instituto Educacional João de Deus, durante o ano letivo de 2015, realizada a partir da concepção socioconstrutivista, no Bairro do Recife. Esta pesquisa proporcionou a construção do conceito espaço ente os integrantes da pesquisa, como também contribuição da paisagem como ponto de partida para análise espacial.

INTRODUÇÃO

O ESPAÇO NA CIÊNCIA GEOGRÁFICA: aproximações teóricas e análise da produção do espaço no Bairro do Recife
A Geografia enquanto ciência e a Geografia escolar são distintas. A ciência geográfica ela busca um maior detalhamento sobre o espaço e a disciplina escolar tenta fazer com que os alunos encontrem a partir do estudo do meio, itens que se conectem com os assuntos trabalhados em sala.  Com isso os professores precisam deter do conhecimento cientifico, porém também precisam procurar métodos de se organizar no espaço educacional, ondem o docente deve ser o mentor da construção dos conhecimentos dos alunos.
Por não possuir na época de 1930 professores licenciados na área, a Geografia findava por ser ensinada por formandos da área de direito, medicina, engenharia. No final dos anos 70 que surge um momento de mudanças, onde a educação passa por um momento de reflexão, fundamentos epistemológicos, ideológicos e políticos da Geografia.
Em 1987 ocorreu O 1º Encontro Nacional de Ensino de Geografia que foi responsável por reunir professores e estudantes que se debruçaram sobre a necessidade de debater os conceitos geográficos diante de novas abordagens teórico-metodológicas. Nesse encontro foi debatida a necessidade de inovações metodológicas para melhor compreensão do espaço, com isso viu-se a necessidade de uma renovação do currículo escolar de Geografia. 
Essa renovação gerou debates sobre como o professor conduzia suas aulas, e as dificuldades em sua formação. Este clima de debates e busca por transformações efetivas no cenário nacional influenciaram a promulgação da LDBN/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionais), o surgimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).
Mesmo com todas as mudanças e avanços educacionais ainda predominava o ensino tradicional, realidade bem presente nos dias atuais. É diante disso que vê-se a necessidade de trabalhar a Geografia de um modo socioconstrutivista, na qual os alunos irão ter a possibilidade de analisar e compreender de forma critica o dia a dia deles e por meio disso irão compreender a produção socioespacial com base em suas próprias experiências.
O estudo de campo é apontado como um instrumento que necessita de ampliações nas escolas, universidades. Vale ressaltar que a pesquisadora também aponta que os professores possuem grandes dificuldades para executar a aula de campo, como de conectar os assuntos dados com os elementos do meio, muitas vezes torna-se até um processo de memorização dos conteúdos.
Neste estudo fez-se uso enquanto fundamentação teórico-metodológica sobre o conceito científico espaço, os estudos e discussões desenvolvidas pelo geógrafo Milton Santos com o objetivo de inter-relacionar sua compreensão conceitual de conjunto indissociável de sistemas de objetos e ações (SANTOS, 2008) presentes no Bairro do Recife. Vale ressaltar ainda que foram realizadas análises sobre as teorias de aprendizagem, gênese, formação e desenvolvimento do conceito na criança, desenvolvidas, principalmente, pelo estudioso Lev Vygotsky.
Vygotsky (2002) afirma que aproximar o aluno da realidade é a forma mais concreta e verdadeira de ensinar, o estudo do meio é, portanto um mediador entre o objeto a ser compreendido e o sujeito.

Caminho teórico-metodológico
Ao decorrer da pesquisa foi utilizada a análise qualitativa, na busca por objetos que permitissem a compreensão do fenômeno de formação conceitual, com isso foi utilizada a observação livre.  Os alunos que participaram do processo realizaram textos que Foram coletados, afim de que através do método da ―análise de conteúdo‖ fosse possível compreender como o conceito espaço foi incorporado por eles.
Todos os textos são analisados passando por três etapas. A primeira é a pré-análise, onde ocorre a organização do material e a separação das mensagens que tem relação com o tema da pesquisa. A segunda etapa é a da descrição analítica, onde permiti o aprofundamento do material destacado, com base nas hipóteses e referenciais teóricos norteadores do estudo em busca da construção de um quadro de referências para que assim, finalmente se realizasse a interpretação referencial.

A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO CIENTÍFICO ESPAÇO NA GEOGRAFIA ESCOLAR E AS CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DE ENSINO ESTUDO DO MEIO
Neste estudo o espaço tem papel de destaque, na qual a ciência geográfica trata este conceito sendo imprescindível, a geografia busca assim analisar todas as questões que faz relação com tal objeto, onde como cita (CORRÊA, 2000, p. 25) passa a ser entendido como espaço social, vivido, em estreita correlação com a prática social.  O espaço passa a ser visto então como uma reprodução do homem diante do meio sendo assim chamada de “reprodução da sociedade”.
O espaço e as ações humanas estão interligados, na qual o espaço precisa da sociedade para ser compreendido e a sociedade necessita do espaço. Podemos apontar que até então o objeto de estudo da ciência geográfica– o espaço social era pouco comentado ou discutido. SANTOS, 2008, p. 145 apontam que Se uma ciência se define por seu objeto, nem sempre a definição da disciplina leva em conta esse objeto. Este é, particularmente, o caso da geografia, cuja preocupação com o seu objeto explícito – o espaço social – foi sempre deixada em segundo plano.
Ao propormos um conceito para o objeto de estudo da geografia enquanto ciência- o espaço geográfico- como apontou anteriormente estamos tratando do espaço humano. Esse espaço por sua vez está em constantes mudanças pela ação humana, sendo assim, impossibilitado de construir uma definição. O espaço é assim resultado de diferentes ações que por meio de um processo- formas e funções nas peculiaridades de cada sociedade, homem e espaço constroem o lugar.
Diante estudos sobre o espaço geográfico, Milton Santos é um grande colaborador para reflexão da geografia e definição de seu objeto de estudo, sendo um influenciador nos espaços escolares do país e do mundo, sendo capaz de fazer uma reorganização teórico-metodológica sob a qual o ensino da geografia pode vim a se embasar.
Sistema de objetos e sistema de ações no Bairro do Recife: a relevância do recorte espacial na construção do conceito espaço
A mencionada pesquisa foi realizada no Bairro do Recife, onde foi realizada a coletiva dos elementos socioespaciais em diversas épocas históricas. Diante dessa coleta de dados é possível apreciar sua dinâmica, como também fica evidenciada a importância deste para o desenvolvimento do processo de construção do conceito espaço.
Esse espaço foi escolhido tanto por seu alto nível de movimentação de turistas, como pelo fato de ser um ambiente do cotidiano dos alunos na qual participaram da pesquisa. Com isso o estudo irá apontar a relação da dinâmica das pessoas na cidade e, portanto o desenvolvimento da cidade. Desse modo podemos salientar que os alunos nessa pesquisa estão se aproximando de sua realidade e ao mesmo tempo problematizando questões cotidianas e facilitando seu processo de construção conceitual.
Os primeiros pontos de observação sobre o Bairro do Recife concentrou-se nos próprios processos naturais encarregados pela composição do seu sítio, todo o processo no contexto colonial, os períodos pelo qual o lugar passou e todas as modificações ao longo do tempo, cada momento histórico, cada sistema de ações demandaram a criação e/ou transformação de diferentes sistemas de objetos nos quais muitos, ainda nos dias atuais, compõem o local estudado.
É então notório que o Bairro do Recife expõe então, na estruturação de seus elementos socioespaciais, os reflexos das relações sociais e físicas que ali se desenvolveram ao longo do tempo. É desse modo que os alunos irá aos poucos formular sua própria geografia, onde por meio da observação, convívio  e pesquisa de dados do local o jovem percebe e compreende o local onde vive.
A edificação do conceito científico espaço está relacionada no descobrimento de fatores que o compõe. Devemos salientar como recursos de suma importância para esse entendimento conhecer os diferentes agentes de transformação que é tão significativo para a dinâmica da reprodução espacial, os modos de produção que nele atuam e todo o contexto do local e nos quais os rodeia. Sendo assim, é relevante considerarmos o desenvolvimento do processo de formação do conceito espaço, no que se refere aos estudos abordados pela geografia escolar, sendo ela uma colaboradora para assegurar que as pessoas consigam compreender e exibirem novas concepções do espaço por meio da ciência geográfica.

A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO CIENTÍFICO ESPAÇO NA GEOGRAFIA ESCOLAR E AS CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA DE ENSINO ESTUDO DO MEIO
A partir do momento que nascemos e vivemos em um espaço nos sujeitamos à necessidade dos saberes-fazeres geográfico. Desde pequenos aprendemos a andar e nos localizar, sendo sempre ensinado direção do quarto, cozinha, banheiro. Ao perpassar toda nossas vidas perpassaram caminhos, sejam eles para a escola, casa dos familiares, faculdade ou trabalho. São esses caminhos que fazemos que nos permitam ter uma noção de espacialidade, sendo essas noções imprescindíveis para reconhecer e localizar-se no espaço.
Ao estudar a geografia, aprendemos a manusear ferramentas que tornam essa noção de espaço mais facilitador para compreender as estruturas e formas de organização social, diversidade cultural e apropriação da natureza pelo homem. Os professores dessa área aponta apreensão quantos aspectos pedagógico-didáticos para o ensino da Geografia, pois, em todo o passar dos tempos a Geografia foi vista sendo uma disciplina “decoreba”, onde os professores apenas transmitiram os conteúdos abordando os temas geográficos de forma desconexa às realidades vivenciadas por seus alunos.
Precisamos compreender que não é possível ocorrer o ensino da Geografia separado inter-relações socioespaciais. É em meio aos estudos que os alunos devem compreender os ensinamentos referentes aos espaços geográficos por eles vivenciados, suas concepções e conceitos espontâneos sobre este por meio de suas experiências. É desse modo que os alunos irão poder analisar e construir um conhecimento, onde irá assimilar questões mundiais, partido de experiências que ocorrem em sua própria rua, bairro ou cidade.
Ao trabalhar a geografia escolar com o objetivo de discutir as problemáticas e experiências cotidianas dos estudantes, acaba tornando-se essencial para desenvolver a percepção espacial de suas próprias práticas sociais. Onde é por meio de discurssoes e observações que se fazem presentes os elementos e categorias espaciais que fazem parte de suas realidades cotidianas, sendo possível desenvolver a junção entre os conceitos espontâneos destes e as contribuições dos conceitos desenvolvidos pela ciência geográfica.

Formação e desenvolvimento do conceito na criança e no adolescente com base nos estudos desenvolvidos por Vygotsky
Devemos perseverará que os alunos não constituem um conceito por meio da transmissão de conteúdos. Não é só falar e achar que o aluno levará tal assunto em sua memoria para sempre. É necessário compreender que essa formação de conceito de acordo com Vygotsky está diretamente relacionada a uma série de fatores psicológicos e externos que ao serem inter-relacionados provocam uma dinâmica no processo de desenvolvimento intelectual dos alunos.
Sendo um processo demorado e que leva tempo, Vygotsky aponta as três fases por quais os alunos passam. O primeiro passo ocorre na fase “bebe” da pessoa, onde a criança precisa vê a experiência, onde, por exemplo, ela sabe o que é uma cadeira, mas não sabe qual o seu conceito, então quando ela vê alguém na cadeira ela saberá que ela serve para sentar. Na segunda fase a criança irá vivenciar na prática a experiência de sentar na cadeira. E a terceira fase a criança consegue imaginar tal situação mesmo sem saber concretamente formular um conceito.
Vygotsky aponta a linguagem como meio de comunicação entre a criança e as pessoas que a rodeiam. Onde só depois, convertido em linguagem interna transforma-se em função mental interna que fornece os meios fundamentais ao pensamento da criança. A formação de conceitos não depende exclusivamente da capacidade psicointelectual do adolescente para realizar abstrações, além disso, é necessário levar em conta suas experiências, seus conceitos cotidianos e problemas que surgem em seu dia-a-dia, dentro ou fora do ambiente escolar.

O estudo do meio numa concepção socioconstrutivista e seus estímulos no processo de construção do conceito espaço
Este trabalho não irá apontar o estudo do meio como único método de se ensinar geografia, tampouco maneiras “corretas” de se ensinar. A concepção socioconstrutivista afirma que não elimina meios tradicionalistas, desde que, tais métodos proporcionem resultados positivos nos conhecimentos dos alunos. Podemos apontar sendo a finalidade assim do estudo, apresentar as colaborações desta prática de ensino desenvolvida na concepção socioconstrutivista em função da construção do conceito espaço pelos alunos.
O estudo do meio permite uma associação dos conhecimentos empírico dos alunos sobre determinado lugar, interligados aos conhecimentos científicos propostos pelo professor, agindo assim no processo de construção do conhecimento. Diante disso fica evidenciado que por meio do estudo da geografia os alunos podem estudar seu próprio cotidiano, adquirindo aos poucos a habilidade de enxergar o ambiente a sua volta de forma cada vez mais crítica.
Salientando neste estudo que não podemos apontar um conceito do espaço geográfico sem abordar outros conceitos com destaque para os conceitos de paisagem, território e lugar. Tais conceitos compõem um sistema que está interligado.
O estudo do meio não é simplesmente uma aula qualquer, ou um passeio. Toda sua estruturação requer planejamento, sendo os que antecedem a aula de campo como o posterior que é quando volta da aula de campo. Toda a estruturação está embasada em vínculos entre o ensino e a pesquisa. Esta pesquisa por sua vez pode ser: buscas teóricas, investigações prévias, coleta de dados em campo, etc.
Apontamos as pesquisas prévias, sendo o momento antes de ir para o campo, onde haverá debates e discursões sobre o tema na qual vai ser analisado, assim como as pesquisas e dados coletados em campo constituíram o ponto de partida dos debates realizados no momento de retorno à sala de aula, ajudando-os a esclarecer dúvidas e organizando seus aprendizados acerca do conceito. É diante do estudo do meio que gera a ligação do estudante e seu objeto de estudo.
Todos os detalhes de um estudo do meio devem ser detalhadamente explicados, como o tema a ser trabalhado correlacionando ao conteúdo principal do estudo, a definição do local e percurso da aula de campo, como também o planejamento de aulas, produção de materiais didáticos para que a turma compreenda os objetivos e importância da realização do estudo.

O ESTUDO DO MEIO NA PRÁTICA DE ENSINO DE GEOGRAFIA: a construção do conceito espaço pelos estudantes
Todas as pesquisas se embasam do teórico miltoniano para o entendimento das categorias geográficas e, vygotskyana, acerca da gênese e dos processos de desenvolvimento da criança e do adolescente, através da discussão sobre a construção dos saberes geográfico.
É diante dos dados coletados e analisados durante o desenvolvimento do presente estudo, a prática de ensino realizada atuou, enquanto facilitadora dos processos de aprendizagem, proporcionando diversas ferramentas que atuaram em sua Zona de Desenvolvimento Proximal, estimulando os desenvolvimentos psicointelectuais daqueles estudantes.

Intervenções pedagógicas e mobilização dos estudantes na etapa de introdução ao estudo do conceito espaço no Bairro do Recife
Antes de ocorrer às intervenções os alunos passaram por uma pré-fase, na qual ocorreram duas aulas preparatórias, destinando-se à introdução do conteúdo geográfico para o alicerce teórico na construção do conceito espaço dos alunos, com exposição de imagens fotográficas de ruas próximas à escola, fortalecendo assim a discussão sobre objetos e ações vivenciados por eles.
Ainda neste primeiro contato foi proposta a construção de diários de campo. O recurso didático consistiu na disponibilização de pequenos cadernos aos estudantes, orientando-se que todas as anotações, observações, questionamentos elaborados individualmente ou em grupo deviam estar ali registrados, onde esse diário proporciona o estímulo da função planejadora da linguagem, permitindo a ampliação da capacidade de suas observações e análises.
Na finalização desta etapa foi disponibilizada para turma representação cartográfica que demonstrava todo o percurso e pontos de parada que seriam realizados durante o campo no Bairro do Recife, que em seguida foram anexadas na sala e nos diários de campo pelos estudantes. Houve então divisão em grupos para a escolha dos pontos destacados na representação cartográfica, em que cada grupo ficou responsável por realizar pesquisas prévias sobre o local escolhido.

Observar, sentir e analisar o espaço em contato direto com o meio.
Todos os recursos pedagógicos apresentados antes de ir ao campo busca fazer com que os alunos tenham essa aproximação entre a prática da pesquisa prévia e as observações no desenvolvimento do trabalho, comparando assim os locais visitados e seus diferentes momentos históricos. Todas as discursões são uma base para que os alunos consigam compreender, comparar e questionar o próprio conceito, tomando como base suas observações, experiências e percepções em contato com o meio.
O exercício de comparação entre o local através dos momentos históricos pretéritos permitiu a identificação de interessantes reações nos estudantes, possibilitando evidenciar várias expressões de surpresa no desenvolvimento da atividade, bem como o esforço dos estudantes na tentativa de identificar e compreender as grandes transformações realizadas ao longo dos anos.

O retorno à sala de aula e a construção do conceito científico espaço
Ao retornar a sala de aula os alunos trazem consigo experiências, impressões e dados coletados em campo, onde como encaminhamento do desfecho desta prática pedagógica diante desses dados irá ser abordado discursões a fim de por meio da orientação e constante inter-relação entre as experiências vivenciadas e o conteúdo, em estudo, seja possível organizar os pensamentos no que se refere à formação do conceito espaço, orientando, desta forma, o processo de internalização do conteúdo geográfico.
A professora juntamente com todos os alunos promoveu um debate coletivo, com o objetivo inicial de expressarem suas perspectivas após o contato direto com meio em estudo, partindo das experiências dos alunos e inferências sobre o que viram e sentiram em contato com os locais visitados. Estes debates ainda possibilitaram a troca de informações entre aos colegas que participaram da aula de campo e aqueles que não tiveram esta oportunidade. Foi realizado também após o estudo textos que expressassem o conceito espaço a partir das experiências vivenciadas no Bairro do Recife.
São por meio dos textos e através das experiências dos estudantes no desenvolvimento da prática de ensino do estudo do meio, que a pesquisa criou o estímulo necessário para que a turma trabalhasse a abstração do conceito através da linguagem escrita, criando um elo entre os pensamentos, a linguagem falada e a linguagem escrita destes.
Todas as conclusões formuladas pelos alunos foram expostas de forma oral e por meio de apresentação em Data Show. Esta etapa foi marcada pela lembrança de muitos momentos vividos durante a atividade empírica, mas também pela análise das inter-relações entre os locais apresentados, vinculando ao conceito espaço.

Diferentes processos de construção do conhecimento: a formação conceitual e o auxilio do estudo do meio junto aos estudantes ausentes na aula de campo
No decorrer do estudo de campo teve alunos que participaram e teve alunos que não participaram. Na elaboração dos textos em sala de aula foi possível analisar importantes discrepâncias entre as características daqueles construídos pelos estudantes que participaram da realização da aula de campo, e dos cinco construídos por aqueles que não tiveram acesso a este momento.
Mesmo estes alunos tendo contato com fotos e histórias eles não vivenciaram descrições mais detalhadas, comparações ou uso de expressões que demonstrassem opiniões por parte daqueles estudantes. Entretanto não podemos afirmar que estes alunos não obtiveram uma construção conceitual, pois os mesmos apoiaram-se nos recursos que lhes foram disponibilizados nas demais etapas de desenvolvimento da prática de ensino.
Acredita-se que os debates favoreceram para que aqueles que foram a campo tivessem a oportunidade de compartilhar e discutir suas impressões sobre as observações feitas, inter-relacionando ao conceito estudado. Como também, os que não participaram do campo, tiveram acesso às diversas informações trazidas pelos colegas. À volta a sala de aula contribui para fomentar o processo de internalização do conteúdo dos alunos.
De diferentes formas, para os estudantes que foram e os que não foram a campo, foi possível inferir a importância já discutida por Vygotsky (1988) do contato com o meio sociocultural, da intervenção do outro no processo de aprendizagem e internalização do conhecimento de todo ser humano, contribuindo essencialmente em seus desenvolvimentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo do meio além de proporcionar importantes debates no âmbito do ensino de geografia alerta-nos para a necessidade de aprofundamento no que se refere aos conhecimentos acadêmicos e docentes sobre o desenvolvimento dos jovens e crianças na construção de conhecimentos. Apontamos também que o conhecimento escolar precisa se conectar aos saberes cotidianos, atuando enquanto ferramenta na solução de problemáticas diárias.
Os professores ou até mesmo os colegas são peças fundamentais nesse processo, pois são eles que irão orientar e instruir todo o estudo, onde diante do  contato socioespacial cotidiano irão de configurar como significativos influenciadores nos diferentes processos de aprendizagem. Devemos assim enfatizar que, embora os textos dos alunos que não foram ao estudo do meio não tivesse uma descrição tão detalhada destacamos mais uma vez que todos os textos por eles construídos apresentaram significativas características que os tornam únicos.
A prática do ensino estudo do meio proporcionou aos estudantes um contato com o objeto em estudo, estimulando os sentidos e viabilizando a prática do confronto entre os conceitos espontâneos e o científico em construção, desse modo estimulando a inter-relação de diversos outros conceitos também trabalhados pela geografia. Dessa forma, as aulas passam a fazer sentido para os estudantes, gerando estímulos ao estudo da disciplina, tanto como a busca por saber como se dá o processo de formação de conceitos junto a estes sujeitos. Assim os profissionais deve pensar isso como uma prática de ensino em geografia que visa a aproximação e construção de um conhecimento tão dinâmico quanto à ciência, proporcionando a construção de conhecimento de forma dialética e crítica.

REFERÊNCIA: NASCIMENTO, Luana. FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO CIENTÍFICO ESPAÇO: O uso do estudo do meio na construção do conhecimento geográfico, Recife, 2017.


4º TEXTO- O DESENVOLVIMENTO DOS CONCEITOS CIENTÍFICOS NA INFÂNCIA

I
A partir do momento que compreendemos como ocorre o desenvolvimento dos conhecimentos das crianças podemos desenvolver métodos eficazes no âmbito escolar.
Com base na psicologia infantil contemporânea podemos destacar dois caminhos para a ligação da assimilação das informações da criança com o desenvolvimento interno de um conceito cientifico
Primeiramente apontamos que: Uma escola que possuem pensamento acredita que os conhecimentos científicos não têm uma História interna, sendo assim não possui progresso, porém suas ideias são absorvidas por meio da assimilação e compreensão.
Devemos salientar que os conceitos são mais do que um simples habito mental, onde sua realização se concretiza quando o próprio progresso mental da criança tiver alcançado o nível imprescindível, ao ocorrer esse desenvolvimento dos conceitos pressupomos o desenvolvimento de inúmeras funções como: atenção deliberada, memoria logica, capacidade de comparação e diferenciação.
O professor nunca obterá êxito em suas aulas utilizando métodos e memorização ou explicação artificial explica Leão Tilstory, o professor não pode apenas chegar na sala e aula falar verbalmente e esperar que o aluno memorize tudo. Ao ensinar os conceitos ou qualquer outro assunto devemos sempre buscar a instigação dos alunos, fazer com que eles se admirem e comecem a gostar dos conteúdos, gerando assim maior participação dos alunos na aula.
Uma segunda concepção da evolução dos conceitos científicos não nega a existência de um processo de desenvolvimento no cérebro da criança de idade escolar. Desse modo não podemos apontar apenas um processo, salientando que ambos são formados pelas crianças nas suas experiências quotidianas. A literatura que examina a formação dos conceitos da infância aborda que os pesquisadores manuseiam os conceitos quotidianos formados pela criança sem intervenção da educação sistemática.
Durante todo processo da infância está presente esses dois pensamentos mutuamente antagônico, até que chega o momento que o pensamento adulto chega e domina tudo.
Os conceitos podem ser desenvolvidos internamente ou externamente, podendo ser originados no quotidiano ou nas experiências em sala de aula. Com base nisso podemos destacar dois tipos de conceitos: os conceitos científicos e os conceitos espontâneos, esses conceitos irão diferir pela relação que estabelecem com as experiencias das crianças. É o estudo desses conceitos científicos que proporciona importantes implicações para a instrução e a educação.

II
Para compreendermos a conexão entre a relação entre o desenvolvimento dos conceitos científicos e dos conceitos cotidianos faz-se necessário à atribuição de comparação entre ambos. Piaget afirma que as crianças na idade escolar são estipuladas principalmente pelo fato delas dispuserem consciência de suas ações, porém de maneira espontânea e irrefletida.
Para poder explicar tal afirmação Piaget faz uso de duas leis psicológicas. A primeira refere-se a lei da conscientização, formulada por claparède onde ela diz que é diante das dificuldades que aprimoramos nossa capacidade de consciência. Se uma coisa é muito normal ou tranquila simplesmente agimos sem pensar.
Diante disso Piaget afirma que as operações mentais das crianças entram em confronto com os pensamentos, por exemplo, diante da situação de sofrer algum tipo de fracasso ou derrota surge no pensamento da criança a necessidade de consciência dos conceitos.
Salientando que não podemos explicar a tomada de consciência apenas pelas necessidades das quais as crianças defrontam, Piaget aponta uma segunda teoria, a lei da derivação ou do deslocamento, onde as crianças passaram do plano da ação para o plano verbal. As crianças não vão simplesmente agir por impulsos, mas, irão pensar e suas ações serão expostas por meio da linguagem e esse processo é demorado, pois carece de trabalhos e assistências até desenvolver na criança essa capacidade.
Tanto a lei da conscientização quanto a lei do deslocamento proporcionam a explicação do por que as crianças em idade escolar não têm consciência de seus conceitos, porém não explicam como as crianças conseguem atingir essa consciência. Segundo Piaget a criança só conseguirá atingir essa consciência quando a criança começa a adquirir um pensamento maduro, expulsando assim o egocentrismo que tem quando criança.
A palavra “consciência” ressaltada durante esse capítulo volta-se para a ação no sentido em que a usamos quando falamos de função. Quando a criança faz algo como um desenho, ela fez conscientemente, porém ela não sabe explicar como realizou tal ação, onde a consciência estava centrada apenas no desenho. A partir do momento que a criança consegue expor como realizou tal ação ela começa a ter uma plena consciência.

III
A relação dos conceitos científicos e os conceitos espontâneos está relacionada a relação entre o ensino escolar e o desenvolvimento mental das crianças, surge assim diversas teorias relacionada a esta relação.
A primeira teoria aponta que a instrução e o desenvolvimento são interdependentes. O desenvolvimento é um processo pelo o qual o sujeito passa e a instrução é a utilização das oportunidades criadas pelo desenvolvimento. Esta teoria também aponta que para que ocorram determinadas instruções, faz-se necessário certo grau de maturidade em algumas funções.  Somente após o desenvolvimento de determinadas funções que é possível à realização das instruções.
A segunda teoria referente à instrução e o desenvolvimento. W. James o primeiro autor a expor a teoria fundamentando esses processos na associação e formação de hábitos. A reflexologia aponta o desenvolvimento intelectual da criança e a aprendizagem como uma concentração gradual dos reflexos condicionantes, desse modo a instrução e o desenvolvimento são vistos como congêneres não levantando-se sequer a questão da relação entre ambos.
A terceira teoria busca métodos de unir as duas primeiras teorias. Mesmo sendo duas teorias opostas, Koffka afirma que todo o desenvolvimento possui dois processos, a maturação e a aprendizagem. Esta terceira teoria é uma evolução das anteriores tendo três pontos de vista.
Em primeiro lugar Koffka admite uma interdependência dos dois aspectos do desenvolvimento, onde a maturidade depende do seu desempenho e possui melhoras por meio do conhecimento e prática. Posteriormente a instrução aparece com um papel significativo, introduzindo uma nova concepção no processo educacional como formação de novas estruturas. Quando a criança forma novas estruturas ela se capacita a aplicar tais estruturas em diversos meios.
E por fim, como terceiro ponto essa teoria mantem uma relação temporal entre a instrução e o desenvolvimento. Com a instrução a criança é capaz de organizar e transformar o pensamento, com isso pode ocorrer de limitar a seguir a maturação ou acelerar o seu processo.
IV
O desenvolvimento dos conceitos quotidianos e científicos durante a idade escolar é bastante estudada por ZH. I. Shif, onde ele estava em busca de testar teorias comparando ambos os conceitos.
Em analises com crianças do segundo e quarto ano foi apontado que na medida em que o currículo fornece materiais necessários o desenvolvimento dos conceitos científicos antecede o dos conceitos quotidianos. Na escola as crianças aprendem diversos conceitos científicos e muitas vezes não vivenciam tais experiencias no dia a dia, ocorrendo assim à ausência da absorção desses conceitos quotidianos. Fica evidenciado que as crianças dissertam conceitos no processo de aprendizagem em colaboração com os adultos no dia a dia. A partir do momento que elevamos nosso grau de conceitos científicos também elevamos nosso nível de conceitos quotidianos espontâneos.
Embora ambos os conceitos se divergissem em seu desenvolvimento esses processos estão relacionados.  Essa relação é baseada na lei da equivalência onde são determinadas pelas respectivas medidas da generalidade.  As crianças tendem primeiras a aprender equivalências como, por exemplo: calça, blusa, jaqueta e sua logo após generalidade: as roupas.

V
Concluindo os estudos dos conceitos científicos e conceitos quotidianos espontâneos, percebemos as discrepâncias existentes nas investigações de ambos os conceitos. Todos os dados adquiridos nos leva em direção a possíveis novas práticas no ensino.  Em determinados conteúdos é inevitável à aparição de dificuldades metodológicas. Este estudo é um modesto passo para na investigação de uma nova área da psicologia do pensamento infantil.

REFERÊNCIA: VYGOTSKY, CAP. 6: O DESENVOLVIMENTO DOS CONCEITOS CIENTÍFICOS NA INFÂNCIA.


5º TEXTO- A REGIÃO

I: QUESTÕES REGIONAIS E ORGANIZAÇÃO REGIONAL DO BRASIL

Esse tema traz consigo algumas complexidades para realização utilizando métodos variados no âmbito escolar. Ao tratar o tema de Geografia Regional os professores sentem-se uma segurança quanto ao assunto, pois não é algo que possui modernização no ensino considerando a não exigência quanto à fundamentação teórica, porém os professores precisam pensar e elaborar o como trabalhar estes assuntos para os alunos.
Os geógrafos apontam os conceitos tradicionais de Regiões sendo inútil, onde privilegiam apenas questões regionais e não a região em si. Os profissionais da educação não desconhece tal situação, no entanto buscam novos métodos em suas práticas docentes e mesmo diante das dificuldades os docentes buscam meios para renovar sua metodologia e materiais didáticos encontrando diante de seu percurso obstáculos. Devemos salientar que é possível haver renovação no estudo regional sem nega-lo todo.
Serão apontados três textos que tem como objetivo problematizar as noções tradicionais de região e como apontar dimensões dos estudos regionais que justifiquem sua validade.
O primeiro texto é de Antônio de Morais Ribeiro, que traz métodos das quais a Geografia tradicionalmente trabalhando com o tema regional e aborda também o conceito de divisão territoriais do trabalho. 
Texto nº 1: Questões Regionais do Brasil
Ribeiro aborda a região retratando desde a antiguidade onde simbolizava uma área de dominação, de controle politico-administrativo de conquista territorial. As áreas são conquistadas com finalidades politico-administrativo tendo o intuito de melhor dirigir um território, ou é conquistado militarmente como as colônias europeias, africanas, asiáticas. Todos esses territórios têm como finalidade o controle, a fiscalização e administração.
A região também é considerada como sendo um espaço vivido, as pessoas em determinado espaço se estabelecem e criam laços e cultura formando uma organização social, sendo vista como um conceito teórico resultado de pesquisas de pensadores da ciência geográfica.
Abordando algumas correntes que marcam o pensamento geográfico podemos citar:
A região natural que é uma parte da superfície integrada a elementos naturais como a vegetação, relevo e geologia.  Tendo a região conceito geográfico considerava a evolução das relações entre o homem e a natureza, onde o homem se adapta ao meio no qual está inserido e acaba transformando o meio em paisagem, isso acaba gerando uma combinação entre ambos os elementos provocando a homogeneidade e individualidade.
A Região funcional é constituída da movimentação de pessoas, mercadorias e comunicações onde uma determinada cidade por meio desses fluxos irá possuir influência sobre outras cidades.
A partir da década de 70 começa as criticas as correntes do pensamento geográfico existente e pelas orientações de repensar a Geografia. A Geografia critica irá se divergir a Geografia tradicional e a Nova Geografia. Roberto Lobato Correa afirma que é o modo de produção capitalista que o processo de regionalização se acentua, sendo que os mecanismos de diferenciação tornam-se nítidos, onde a divisão territorial do trabalho que irá definir o que vai ser produzido seja o desenvolvimento dos meios e técnicas, a ação do Estado que da forma desigual.
O segundo texto é de Roberto Lobato Correa apresenta proposta de Regionalização, porém a exposição em salas de aulas ocorre em pequenos números de professores e livros didáticos, aponta também a ideia da homogeneização do espaço.  Essa homogeneização confronta-se com uma diferenciação que nos faz lembrar a natureza contraditória dos processos sociais.
Texto n° 2- A região no Brasil
Em 1945 foi realizado a primeira divisão regional oficial, sendo fruto da ação do Estado criado pelo Conselho Nacional de Geografia que dividiu o país em 5 grandes Regiões, 30 Regiões e 79 sub-regiões.
A organização Regional do Espaço Brasileiro
É notória a complexidade ao tratar da organização Regional do espaço Brasileiro, pois aborda um país que possuem grandes dimensões territoriais. São os processos sociais e econômicos que atuam sobre a organização espacial brasileiro e com isso gerou-se uma nova regionalização sendo: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia. Com a nova divisão territorial do trabalho a organização espacial desfaz e se refaz gerando desigualdades refletidas sócio espacial.
O terceiro texto é de João Rua que busca mostrar as dimensões que proporcionam enriquecimentos para a análise sendo necessário ter noção de identidade para compreender como diferenças regionais transformam-se em processos que tem origem as próprias regiões.
A região é um espaço particular onde se combinam o geral- leis gerais do modo de produção capitalista e o particular- são as especificidades locais que se opõem a homogeneidade do capitalismo. O Centro-Sul é uma área definido como o coração do país, estando concentrado o coração econômico e politico do país, concentrando sedes de grandes corporações, de produção Industrial, principal área agropecuária, densa rede de articulações e concentração de renda.
O Nordeste é definido como a Região das perdas, sendo elas econômicas, demográficas, politicas e possuindo baixo nível de renda da maior parte da população.
A Amazônia é definida como a fronteira da Capital, possuindo apropriação de recursos naturais vistas como reserva de valor para explorações futuras, tendo dizimação física e cultural- referindo-se aos índios e população enraizada, região que recebe investimentos, sejam para hidrelétricas, aeroportos, portos, núcleos de mineração, sendo um espaço a ser ocupado e muito recurso a ser dilapidado.
Um aspecto fundamental para o estudo de uma região é sua escala, por meio dela é possível vê a extensão de uma área, a espacialidade de uma localidade, auxiliando na analise regional e esse estudo é de suma importância para o melhor conhecimento da realidade.
II : PARA TRABALHAR A REGIÃO EM SALA DE AULA

Neste capitulo demonstra algumas atividades que podem ser realizados em sala de aula. Como sugestões o autor propõe a utilização de materiais visuais como impressos, realizando atividades que proporcionem foco na distribuição regional de elementos do espaço geográfico.
Tendo como base mapas regionais do Brasil, o professor deve instigar os alunos a buscar relações entre as figuras expostas com o mapa. Esta atividade é uma técnica onde por meio das representações possibilitem a criticidade e que associem as regiões às imagens. O professor deve sempre levar os alunos ao questionamento.
Podemos citar como exemplo: uma imagem de cana-de-açúcar e as usinas que são usualmente associadas ao Nordeste.
Comentando a atividade 04 proposta para trabalhar em sala de aula, expõe a utilização das charges como meio de trabalhar e expor aos alunos, por exemplo, a D.T. T, sendo um método também para trabalhar o raciocínio e interpretação dos alunos.
É mencionado na charge: “nossa a situação lá no Nordeste tá preta!”.
As pessoas saindo do Rio de Janeiro para o Nordeste em busca de emprego e estabilidade quando leem em um jornal a situação do Nordeste e comenta com a frase mencionada acima. Ao trabalhar charges pode ser debatido o motivo do qual está levando as pessoas a migrarem, porque a situação do Nordeste está desse modo, e isso instiga os alunos.

III : SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
FREMONT, Armand. Região, Espaço vivido. Coimbra. Almedina, 1980.
MARANHÃO, Silvio. (organizador). A Questão Nordeste. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1984.

REFERÊNCIA: TEMA 6: A REGIÃO


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