A
ação intitulada “Cordelizando o Lugar”, teve como objetivo proporcionar um
maior entendimento acerca do Lugar, enquanto categoria geográfica. A partir do
uso de outras linguagens, como o cordel e fazendo uma relação direta entre o
conteúdo e o cotidiano dos alunos, foi possível despertar o interesse dos
mesmos sobre o tema.
O Lugar, de acordo com Carlos
(2007, p.20), “é o espaço passível de ser sentido, pensando, apropriado e
vivido através do corpo”, também pode ser entendido como um local no qual
mantemos um profundo vínculo de afetividade. Para facilitar a compreensão sobre
essa importante categoria, desenvolvemos xilogravuras e cordéis que
possibilitaram uma significativa representação do lugar dos nossos alunos.
Após
uma breve etapa de planejamento, a referida ação, desenvolvida junto à turma do
9°ano B da E.E.E.F.M Crispim Coelho, foi realizada a partir de dois encontros,
durante o mês de Novembro de 2017.
No
primeiro encontro, iniciamos a abordagem teórica e um debate sobre o tema
enfatizando os conceitos de Lugar e Espaço Vívido, durante esse momento cada
aluno pôde expressar sentimentos sobre seu lugar e descrever um pouco sobre seu
espaço vívido. Em seguida, colocamos a música Deus e Eu no Sertão (da dupla,
Victor & Léo) afim de que, os mesmos pudessem destacar alguns dos elementos
que descreviam o lugar do autor da referida música. Ao final, propomos como
atividade prática a construção de Xilogravuras, ao utilizarem materiais como,
tintas, pincéis, rolos, palitos de churrasco e bandejas de plástico, cada aluno
pôde construir desenhos que representavam seu lugar preferido.
Imagem 01: Xilogravura
confeccionada pelos estudantes.
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de 2017. |
Imagem 02: Xilogravura confeccionada pelos estudantes.
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de 2017. |
Imagem 03: Xilogravura confeccionada pelos estudantes.
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de
2017.
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Imagem 04: Xilogravura confeccionada pelos estudantes.
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de 2017. |
No segundo encontro, proporcionarmos à turma uma aula de campo, a partir de um percurso entre a escola e a Universidade, foi possível que os alunos apreendessem diferentes espaços, e conhecessem os lugares de outras pessoas. Ao chegarmos ao campus da UFCG, fizemos um pequeno passeio e em seguida direcionamos os alunos ao Laboratório de Prática de Ensino em Geografia (LAPEG).
Imagem 05: Visita ao LAPEG
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de 2017. |
Durante a visita ao LAPEG demos continuidade a realização da ação, após uma breve revisão sobre os principais pontos do encontro anterior, foram distribuídas canetas e folhas, para que cada um dos alunos pudessem descrever em forma de cordel, elementos que caracterizassem um lugar, por eles considerado especial. Antes, foi necessária uma breve abordagem teórica, explicando o que era cordel e como estes deveriam ser confeccionados. No momento da elaboração várias dificuldades foram sendo superadas e todos de alguma forma, conseguiram expressar sentimento naquilo que tinham escrito, obtendo bons resultados. Dentre os lugares, por eles mais citados, estavam a Escola, o quarto (de dormir) e a Casa.
Imagem 06 e 07 : Cordéis confeccionados pelos alunos.
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de 2017.
Imagem 08: Cordel final da ação
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de 2017. |
Diante do exposto, percebemos
que unir teoria e prática, relacionar os conteúdos com o cotidiano, e estimular
a participação ativa dos alunos durante as aulas, são práticas fundamentais no
processo de aprendizagem.
Nessa
perspectiva, ao fazermos “uso de versos de cordel como metodologia de ensino de
Geografia aprimoramos a capacidade criativa do aluno e o conduzimos a uma
reflexão sobre o lugar, melhorando a compreensão de conteúdos geográficos”.
(FÔNSECA & FÔSECA, p.124 )Dessa maneira, o uso de novas linguagens,
recursos e metodologias, como o cordel, a xilogravura, a música e a aula de
campo, além de facilitar a compreensão sobre o conteúdo e proporcionar uma
construção significativa do conhecimento, estimula o interesse e a participação
dos alunos.
Imagem 03: Equipe PIBID e alunos.
Fonte: Arquivo Pibid, Dezembro de 2017.
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