No
dia onze de setembro de dois mil e dezenove, às 17h30min aconteceu à mesa de
abertura do evento intitulada: Formação de professores, metodologias e ensino de Geografia, ministrada
pela Profª D ara Fraga Portugal (UNEB), Profª Drª Ana Néri Cavalcante Bastista (SEE/PB
– Pesquisadora GEPEG/UFPB), tendo como mediador o Prof. Ms. Josias Silvano de
Barros (IFPB -
PPGG/UFPB).
A
Profª Drª Ana Néri fala sobre as pesquisas em si em sala de aula, sendo que
enriquece e promove o ensino e experiências. Também é fundamental para estudar
o lugar, sendo que o professor necessita buscar várias metodologias para se
trabalhar em sala.
A fala da Profª Drª Jussara está
voltada para a importância da documentação narrativa na formação de professores
de Geografia: propostas de investigação-formação. Então, criou o Projeto Traduzindo-se para narrar histórias e geografar trajetórias.
Assim salienta três etapas
importantes para nós que são:
Então,
os alunos narram sobre as práticas. Assim, surge o seguinte questionamento:
Como narrar a minha história de vida? Um desafio proposto!
No dia doze de setembro, as 9h00
teve a mesa redonda: A pesquisa
na formação e na prática docente em Geografia com o Prof. Dr. Francisco
Kennedy Silva dos Santos (UFPE), Prof. Dr. Pablo Sebastian Moreira Fernandez
(UFRN), sendo mediador o Prof. Ms. Guibson da Silva Junior (SEE/PB- PPGG/UFPB).
À tarde, das 14h00 às 18h00 os Grupos de Diálogos e
Experiências (GDE’s), sendo sessão de comunicação oral. Então me
direcionei para o GDE 03: Linguagens Cartográficas e suas metodologias
para a Geografia Escolar, no Laboratório de Cartografia, tendo como avaliador o
Prof. José Nildo. Assim, juntamente com Sabrina Caminha de Almeida Melo,
apresentamos o trabalho intitulado: A
CARTOGRAFIA ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NA E.E.E.F
MATIAS DUARTE ROLIM CAJAZEIRAS-PB, com a orientação da Profa. Dra. Alexsandra
Bezerra da Rocha.
No dia treze de maio, as 8h30 aconteceu os Grupos de Diálogos
e Experiências (GDE’s) através de sessão de pôsteres. Assim, juntamente com
Sabrina Caminha de Almeida Melo apresentamos o trabalho intitulado: A
OFICINA PEDAGÓGICA COMO LINGUAGEM NO ENSINO DE GEOGRAFIA NA ABORDAGEM DA
RECICLAGEM: EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO NO PIBID DA ESCOLA MATIAS DUARTE ROLIM.
Após,
teve a Exposição da Educação
Geográfica, ou seja, do
Laboratório de Geografia da Paraíba (LOGEPA), coordenado pelo Prof.
Dr. Antonio Carlos Pinheiro, apresentação dos alunos extensionistas do LOGEPA,
a apresentação do Atlas das nuvens. Atividade
de intervenção pedagógica desenvolvida pelo Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Moura
com alunos do curso de licenciatura em Geografia da UFPB e apresentação dos
alunos da licenciatura em Geografia
As 14h00 ocorreu a Mesa de encerramento: Diálogos e experiências
sobre conceitos, conteúdos e temáticas para o ensino de Geografia, ministradas
pelo Prof. Ms. David
Luiz Rodrigues de Almeida, onde foi mostrado os resultados de cada GDE.
Durante o evento, ao amanhecer, a equipe participou de um momento interativo na praia.
A equipe ficou em alojamento cedido pelo Teatro Lima Penante, João pessoa - PB.
14:00-18:00
GRUPO DE DIÁLOGOS E EXPERIÊNCIAS
No laboratório de
interpretação da imagem e análise ambiental –LIIAA realizou-se o GDE’S 03:
LINGUAGENS CARTÓGRAFICAS E SUAS METODOLOGIAS PARA A GEOGRAFIA ESCOLAR,
apresentando o artigo intitulado: A CARTOGRAFIA ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS
VIVENCIADAS NA E.M.E.F.MATIAS DUARTE ROLIM CAJAZEIRAS-PB.
ARTIGO
GDE
03: Linguagens Cartográficas e suas metodologias para a Geografia Escolar
Sabrina Caminha de Almeida
sabrina.almeida.sd@gmail.com
Universidade
Federal de Campina Grande-UFCG
Macilândia
dos Santos Custódio
macilandia2017@hotmail.com
Universidade Federal de Campina Grande-UFCG
Profa.
Dra. Alexsandra Bezerra da Rocha
Universidade Federal de Campina Grande-UFCG
RESUMO
Este trabalho foi produzido através
de uma ação do jogo didático “Conquiste: desbravando o Brasil” proposta no
componente curricular Prática de ensino em Cartografia. Seu objetivo geral era
propor uma construção de conhecimentos espaciais e um método lúdico para
abordar as regiões brasileiras, de forma a analisar os conhecimentos acerca das
cinco regiões dos alunos do 7° ano do Ensino Fundamental e compreender o
entendimento dos alunos associados ao processo de interpretação e leitura de
mapas. Além disso, refletir sobre a contribuição
para o aprendizado dos alunos. O jogo foi realizado através de perguntas de
múltipla escolha relacionadas a temas estudados em sala de aula ao longo dos
trimestres associadas às regiões do Brasil, tendo como base as questões do
livro didático de Geografia utilizado pelos alunos. Nessa perspectiva, tivemos
como resultados a identificação de que alguns alunos prestaram atenção na aula
do professor de Geografia, uma vez que conseguiram aprender os conteúdos, sendo
que tiveram a oportunidade para revisá-los. Também foi possível atingir os
objetivos almejados. O jogo foi relevante, tanto para os alunos do ensino
básico, quanto para os graduandos, uma vez que houve uma troca de experiências
entre ambos. Sendo que os discentes do CFP/UFCG tiveram a oportunidade de
desenvolver uma aplicação metodológica a partir de um conteúdo teórico, além de
avaliar sua prática pedagógica como futuros profissionais. Portanto, o jogo
didático é uma ferramenta que proporciona uma aprendizagem entre os alunos de
forma lúdica e dinâmica.
Palavras chave: Jogo didático, regiões brasileiras,
aprendizagem de Geografia.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem a finalidade
de transpor um conhecimento teórico sobre conteúdo relacionado ao ensino de
Geografia através da ludicidade, assim com intuito de promover metodologias
ativas para o docente trabalhar em sala de aula. Além disso, buscar trabalhar a
questão de leitura e interpretação de mapas, uma vez que os alunos ainda têm
dificuldades com a Cartografia, sendo uma área de suma importância para o ser
humano. Também fazer com que os licenciandos tenham mais oportunidades de ter o
contato com as escolas públicas para que possam ter a aproximação de teoria e
prática, uma vez que logo após oportunidades assim, saberão se realmente querem
a profissão de professores. Nessa perspectiva, a ação do jogo didático
“Conquiste: desbravando o Brasil” foi proposta no componente curricular
Práticas de ensino em Cartografia cursada no semestre 2018.2.
Esse jogo foi elaborado com a
finalidade de analisar os conhecimentos dos alunos do 7° ano do Ensino
Fundamental, acerca das regiões brasileiras, além de ensinar aspectos ainda não
conhecidos, uma vez que eram realizadas perguntas relacionadas. O jogo lúdico
teve sua criação baseada no mapa das grandes regiões brasileiras: Norte,
Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A aplicação do jogo foi na E.E.E.F Matias Duarte Rolim localizada no
município de Cajazeiras-PB. Diante disso, os graduandos da Universidade Federal
de Campina Grande – UFCG tiveram a oportunidade de estar em sala de aula como
futuros professores. Além de colocarem em prática, as teorias vistas em sala.
2. O ENSINO DE GEOGRAFIA
A partir das Leis de Diretrizes e
Bases Educacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), Cavalcanti
(2012), enfatiza a proposta curricular no ensino de Geografia, numa tentativa
de formar alunos críticos e participativos em uma linha de pensamento construtivista.
Portanto, nesse raciocínio, na construção do conhecimento, o aluno é o
principal sujeito nesse processo. De acordo com Cavalcanti (2012, p.42) “[...]
o objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento pelo aluno, para que
todas as ações estejam voltadas à eficácia do ponto de vista dos resultados no
conhecimento e do desenvolvimento do aluno”.
Esse pensamento por sua vez, tem
como principal propósito, fazer com que o aluno possa desenvolver a sua
construção de conhecimento, tornando-o um sujeito ativo, tendo o professor como
seu mediador.
Um aspecto importante é o meio
cultural que está em destaque no ensino de Geografia. Cavalcanti (2012) faz uso
do termo Geografia do aluno para referenciar o conhecimento geográfico que está
sendo construído em sala de aula, uma vez que tem a escola como intermediadora
e principal referência para esse processo. Diante disso, Cavalcanti (2012, p.
45) salienta que “a escola é, nessa linha de entendimento um lugar de encontro
de culturas, de saberes, de saberes científicos e de saberes cotidianos, ainda
que seu trabalho tenha como referência básica os saberes científicos. A escola
lida com culturas”.
A escola tem um papel extremamente
importante, nessa linha de pensamento, pois a mesma além de utilizar as práticas
pedagógicas, ainda se remete ao cotidiano dos alunos, fazendo com que criem uma
identidade tanto com a escola, quanto com os professores, tornando a construção
do conhecimento organizada e sistematizada. Podemos dizer que ensino por sua
vez, é bem complexo, porém de suma importância para a formação humana.
Os docentes
são profissionais extremamente importantes em uma sociedade, pois são
formadores de cidadãos. O processo de ensinar atualmente não é fácil para o
professor, já que o mundo está em constante mudança assim como também os
avanços tecnológicos, e para que consiga mediar seus conteúdos de forma que
possa fazer com que os discentes melhor assimilem o conteúdo, é de suma
importância que o formador não fique estagnado em uma determinada metodologia,
e que sempre esteja buscando novos métodos.
Segundo Cavalcanti
(2012) é notório que os professores sempre estejam em busca de novas
metodologias e diferentes formas de se trabalhar e ensinar; em busca de novos
materiais didáticos e novos recursos. O professor, como educador, necessita de
uma base teórica relacionada a metodologias e didáticas, para assim, conseguir
contextualizar com o cotidiano dos seus alunos, logo é indiscutível que o
professor busque conhecimentos do nível intelectual e social do seu discente.
Para a realização de
novas metodologias, o educador encontrará dificuldades já que normalmente no
Brasil, deve-se seguir o que é imposto pelas PCN’s, na qual deve ser seguido,
não abrindo espaço para a aplicação de uma nova didática do determinado
conteúdo.
Os livros didáticos e outros materiais de apoio ao professor, em
princípio, têm uma proposta de temas a serem trabalhados de modo articulado e
sequencial, em cada um dos anos escolares, coerentemente com os pressupostos
teóricos e metodológicos do autor. (CAVALCANTI, 2012 p.131)
São os PCN’s que determinam o que estará nos materiais didáticos,
abordando os conteúdos de uma forma muito superficial, muito agrupado, sem
especificar o que é prioritário ou o que é secundário, o que é preciso se
aprofundar, seguindo uma sequência de conteúdos.
Existem conteúdos que
necessitam de uma atenção maior, por exemplo, a Cartografia, já que a
Alfabetização Cartográfica é uma base necessária para o decorrer da vida do
aluno, já que com ela, o aluno conseguirá ter uma base sólida sobre direções,
lateralidade, análise de mapa e localização.
Instrumento utilizado
posteriormente em sua rotina é de suma importância que o professor consiga
construir uma base sólida acerca destes temas.
Segundo Cavalcanti (2012), a Geografia cumpre uma importante função, que
é a de ajudar os alunos a se localizar e como ou onde localizar as “coisas”, no
mundo.
A
Cartografia é um fundamento teórico, uma matéria, de extrema importância para
os alunos, tendo em vista que ali aprenderão ler os mapas e como entender
alguns fenômenos como a migração de forma mais fácil de ser assimilada, já que
a Geografia escolar é baseada no que pode se ver.
3. A IMPORTÂNCIA DA CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA
A cartografia é ponderada como uma
linguagem, um agrupamento de conhecimentos imprescindíveis em todas as esferas
da aprendizagem na geografia, articulando fatos, concepções e sistemas
conceituais que possibilitam ser e escrever as características do território.
Dessa forma, sendo uma optação metodológica, que implica utilizá-la em todos os
conteúdos da Geografia para identificar e analisar não apenas a localização dos
países, mas entender as conexões entre eles, compreendendo os conflitos e as
ocupações do espaço (CASTELLAR, 2005).
No âmbito da Geografia Escolar, a
Cartografia apresenta-se como um componente de suma significância, pois ela
traz consigo um conjunto de informações e competências que possibilita a
construção dos saberes dos educandos. A cartografia é considerada um
significativo mecanismo para o ensino e a pesquisa de Geografia possibilitando
as personificações dos diversos recortes do espaço e em diferentes escalas.
Podemos destacar a
importância de correlacionar e conciliar à teoria à prática, sendo imprescindível
buscar fazer com que o educando vivencie a experiência, e construa seu
conhecimento pelo ato vivido, sentido, operado.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais
– PCN’s de Geografia (6º ao 9º ano) destaca a importância da cartografia para a
aprendizagem da Geografia, uma vez que:
A
cartografia torna-se recurso fundamental para o ensino e a pesquisa. Ela
possibilita ter em mãos representações dos diferentes recortes desse espaço e
na escala que interessa para o ensino e pesquisa. Para a Geografia, além das informações
e análises que se podem obter por meio dos textos em que se usa a linguagem
verbal, escrita ou oral, torna-se necessário, também, que essas informações se
apresentem espacializadas com localizações e extensões precisas e que possam
ser feitas por meio da linguagem gráfica/cartográfica (PCN, 1998, p.76).
Desse modo podemos destacar que a
cartografia escolar proporciona métodos adequados para que os alunos
interpretem o espaço geográfico, possibilitando-nos entendimento das
codificações existentes para representar o mesmo. Além disso, os mapas são
ferramentas imprescindíveis para as análises e o conhecimento do espaço
geográfico, ou seja, para conhecer e explorar o instrumento de estudo da
Geografia, necessita-se da Cartografia.
Segundo Castellar (2011, p.122)
A
linguagem cartográfica torna-se uma metodologia inovadora na medida em que
permite relacionar conteúdos, conceitos e fatos; permite a compreensão pelos
alunos, da parte e da totalidade do território, e está vinculada a valores de
quem elabora ou lê o mapa.
Muitas vezes as escolas possuem uma
carência de instruir devidamente os alunos quais as melhores maneiras de
utilizar os mapas, quais finalidades de modo geral ele possui, tratar o mapa
como um todo não apenas retratando uma parte dele, salientando-se que os mapas
devem ser trabalhados de acordo com o nível descolar de cada série.
O uso correto do mapa em cada nível
escolar proporciona um êxito eficaz no aprendizado e compreensão dos alunos. É
de suma importância que os professores estejam bem preparados ao ensinar, para
que os alunos alcancem bons resultados na aprendizagem a fim de que os alunos
entendam as representações cartográficas e tornem-se leitores delas.
Na visão de Oliveira (1978, p.39),
Os
mapas constituem, sem dúvida, um dos mais valiosos recursos do professor de
Geografia. Eles ocupam um lugar definido na educação geográfica de crianças e
adolescentes, integrando as atividades, áreas de estudos ou disciplinas, porque
atendem uma variedade de propósitos e são usados em quase todas as disciplinas
escolares. Mas é somente o professor de Geografia que tem formação básica para
propiciar as condições didáticas para o aluno manipular o mapa.
Desse modo, os progressos dos
conhecimentos espaciais são extremamente significativos para a compreensão do
espaço em que vivemos, na qual tendo como o principal instrumento fornecido
pela cartografia, o mapa, trazendo consigo informações cuja interpretação
ocorre através da leitura e compreensão do mesmo.
4. DESENVOLVIMENTO
METODOLÓGICO DA APLICAÇÃO DIDÁTICA
O jogo didático intitulado
“Conquiste: desbravando Brasil” foi elaborado com o objetivo de propor uma
construção de conhecimentos espaciais e um método lúdico para abordar as
grandes regiões brasileiras. Essa atividade foi realizada com os alunos do 7°
ano da E.E.E.F Matias Duarte Rolim localizada no município de Cajazeiras-PB, no
dia 12 de novembro de 2018. A ação foi proposta pelo componente curricular
Práticas de ensino em Cartografia, do curso de geografia do Centro de Formação
de Professores.
As regras para a dinâmica do jogo:
(1) divisão do grupo de alunos em duas equipes; (2) escolher uma região e teria
que acertar uma questão escolhida sobre a referida região; (3) em caso de
acerto, fixar a bandeira (lilás, amarelo ou vermelho) nas regiões, e caso erre,
passa a vez; (4) No final, o grupo que fixasse uma bandeira em cada região
ganhava o jogo. O jogo é ilustrado na figura 1.
FIGURA 1.
CONQUISTE: DESBRAVANDO O BRASIL.
Fonte: Arquivo pessoal.
Cada grupo recebe 5 bandeiras, uma para
cada pergunta respondida satisfatoriamente e que será fixada no mapa. Contudo,
se após o término das cinco perguntas houver empate, acontece à rodada de
desempate. Essa rodada ocorre de modo que cada grupo escolhe uma região para
responder uma questão no estilo “mata-mata”. O jogo termina quando um grupo
acertar e o outro errar. Por exemplo: o grupo lilás acerta uma questão e o
outro grupo amarelo errava a questão, tendo assim o grupo vermelho como
vencedor do jogo.
Dessa maneira, o jogo abrangeu perguntas
relacionadas a temas estudados em sala de aula ao longo dos trimestres
associadas às grandes regiões do Brasil. Tendo como base as questões do livro
didático de Geografia utilizado pelos alunos, com o intuito de proporcionar um
jogo como meio de revisão do conteúdo.
Os temas abordados foram a Região
Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro- oeste. Nessa perspectiva, foram
elaboradas perguntas de múltiplas escolhas contendo 3 ou 4 opções de respostas.
A estimativa de realização do jogo é, em média, de 20 minutos.
5.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O jogo lúdico teve como base para os
questionamentos o livro didático utilizado pelos alunos do 7° ano, no qual
foram utilizados os capítulos quatro, cinco, seis, sete e oito (TORREZANI,
2015). Sendo abordado 1) perguntas de múltiplas escolhas; 2) proposta para
identificar se os alunos teriam dificuldade em responder as perguntas
referentes às regiões, e quais seriam essas dificuldades, caso as tivessem;
além disso, 3) possibilitar conhecimento sobre as cinco grandes regiões (Figura
02).
FIGURA 02. PERGUNTAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA SOBRE AS CINCO
REGIÕES
Fonte: Arquivo pessoal
Durante a realização do jogo foi
possível observar o diálogo entre os participantes, uma vez que os jogadores
sempre demonstravam uma interação, ou seja, só diziam a resposta depois que o
grupo entrava em um consenso (Figura 03).
FIGURA 03. DIÁLOGO ENTRE OS PARTICIPANTES NA APLICAÇÃO DO
JOGO
Fonte: Arquivo pessoal
A aplicação do jogo proporcionou aos
alunos da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG/CFP uma aproximação da
teoria vista em sala de aula com a prática. O jogo lúdico tanto auxiliou os
alunos da UFCG quanto os alunos da escola, sendo que serviu para reforçar os
conteúdos trabalhados.
Ao final do jogo didático
“Conquiste: desbravando o Brasil, foi feita uma avaliação sobre o jogo com os
alunos participantes com questões abertas e fechadas.
Logo, em seguida foi feito alguns
questionamentos aos alunos referentes ao jogo, como “Quais as regiões que já
tinham estudado?”, “Quando começamos a jogar, vocês se lembraram daquilo que já
tinham estudados lá nas aulas anteriores?”, “Por que será que vocês se
lembraram?”, “ Mas só porque prestaram atenção na aula?”, “Mas quando chegamos
aqui, vi que vocês estavam fazendo uma atividade. E essa atividade era sobre o
que?”, “Mas vocês estudaram também a Região Nordeste?”, “Vocês moram em que região mesmo?”, “Em que
Estado da Região Nordeste?”.
Dessa maneira, também foi possível
identificar que alguns alunos já tiveram experiências em outras regiões, ou
seja, dois alunos disseram que não são Paraibanos, um nasceu em São Paulo e o
outro no Rio de Janeiro. E quando foi perguntado qual era a atividade do Rio de
Janeiro, os alunos disseram que era mais conhecido pela violência, por causa de
alguns filmes como o Rio, mas também pelo carnaval.
Durante a aplicação do jogo lúdico,
foi identificado que os alunos tiveram a oportunidade de revisar os conteúdos
estudados. Também foi possível atingir os objetivos almejados que era compreender
os entendimentos dos alunos acerca da leitura e interpretação de mapas, uma vez
que, os alunos sabiam localizar as regiões no mapa no decorrer das perguntas.
Também ocorreu uma interação entre os participantes e aplicadores do jogo.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível observar o
quanto esse jogo foi relevante, tanto para os alunos do Ensino Básico quanto
para os graduandos, uma vez que houve uma troca de experiências entre ambos.
Dessa maneira, os discentes do CFP/UFCG tiveram a oportunidade de colocar em
prática, a teoria vista em sala de aula e também de ter um primeiro contato com
os alunos, sendo que na função de futuros professores.
As respostas dadas para as perguntas
feitas, os conhecimentos das grandes regiões brasileiras e novos aspectos sobre
as regiões estiveram dentro das expectativas, entendendo assim, que o jogo
didático é uma ferramenta que proporciona uma aprendizagem entre os alunos de
forma lúdica e dinâmica, fazendo com que seja possível um maior entendimento
dos conteúdos. Este método de ensinar apresentando elementos cartográficos se
agregando de métodos
conhecimento teórico e entrando em ações práticas possibilitou uma maior
interação na aula. O processo de ensino-aprendizagem diante do uso do jogo gera
uma motivação, onde de forma mais concreta o conteúdo a disciplina de Geografia
se é ensinado de modo mais compreensível.
Vale salientar que, esse jogo lúdico
proporcionou conhecimentos acerca das regiões brasileiras tanto para os
graduandos que tiveram que estudar para realizar o jogo, quanto para os alunos,
pois serviu de instrumento para revisão dos conteúdos que já tinham estudados.
Utilizar jogos didáticos em sala de aula pode ser um método inovador, uma vez
que os alunos podem participar e interagir mais, uma vez que o professor pode
colocar o jogo no chão para que o aluno possa tocá-lo. Assim, fazendo uso de
novas metodologias e métodos educacionais.
Com este trabalho, podemos perceber
o quanto a Cartografia Escolar é importante, uma vez que, precisamos ter
conhecimentos sobre a mesma para saber se localizar e se orientar no espaço
geográfico. Além de saber fazer a leitura e interpretação de um mapa.
REFERÊNCIAS:
Brasil.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Geografia/Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CAVALCANTI,
Lana de Souza. Referências pedagógico-didáticas para a Geografia Escolar. In:_
CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de
Geografia na escola. Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 39-59.
___________________________.
Concepções teórico-metodológicas e a docência da Geografia no mundo
contemporâneo. In:_ CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de Geografia na escola. Campinas, SP: Papirus, 2012, p.
129-154.
CASTELLAR, Sonia Vanzella. A
Cartografia e a construção do conhecimento em contexto escolar. In:_Novos rumos da cartografia escolar: currículo,
linguagem e tecnologia/ organização
Rosângela Doin de Almeida.- São Paulo; Contexto, 2011, p. 121 – 136.
CASTELLAR, S. M. V. Educação
geográfica: a psicogenética e o conhecimento escolar.: Caderno Cedes, Campinas, 2005, n.25, p. 209-225.
OLIVEIRA, Lívia de. Os mapas na sala de aula. In:_OLIVEIRA,
Lívia de. Estudo metodológico e cognitivo do mapa. São Paulo, 1978, p. 39 –
46.
TORREZANI, Neiva Camargo. Vontade de Saber Geografia. 2° ed. São
Paulo: FTD, 2015.
TRABALHO
EM POSTER PARA O EDUGEO
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